Raimundo Corrêa e Graça Lima

ESPERANTINÓPOLIS – 67 ANOS DE CRESCIMENTO

Neste 27 de junho de 2021 celebramos o 67º aniversário de emancipação política da cidade de Esperantinópolis, terra da esperança, a “terra que encanta, cidade acesa a sombra dos palmeirais” como Canta Nilton Lee em sua canção.

De povoado à categoria de cidade, que adornada por montes e babaçuais traz em seu nome a resistência e vivificadora esperança em seu nome. Pertencente à zona dos cocais maranhenses, Esperantinópolis vive épocas chuvosas e de grande estiagem com um clima quente e úmido, sendo transpassada pelo Rio Mearim.

Tendo suas bases, como que se conhece, Esperantinópolis se concebeu de uma lagoa na década de 1910, a que Candido Mendes da Silva – desbravador barra-cordense – encontrou, trazendo historia do boi selvagem que ele viu a beber na hora do descobrimento, que quando o mirou fugiu, deixando somente os seus rastros à beira da lagoa. Após este acontecimento, o desbravador retorna ao local a tomar posse com companheiros, a construírem suas casas e a formar um povoado, situando e dando o nome de Centro do Boi.

Logo se começaram as povoações, pela grande fertilidade em que a terra se dava, assim nordestinos piauienses, pernambucanos e cearenses começavam a migrar e a fixar morada, trazendo seus modos e estilos de vida, se achegando e apropriando-se de uma nova cultura. Assim foi a origem da cidade de Esperantinópolis.

Pouco tempo depois, a presença da Igreja Católica se fez, dando nome ao lugar de povoado Boa Esperança. Com esta presença da Igreja, professores se chegaram dando grandes contribuições à educação e à cultura, casamentos são realizados, e pela Lei Estadual nº 1.139, de 27 de abril de 1954 o Município de Esperantinópolis é criado, e aos 27 de junho de 1954 acontece a sessão solene de instalação do Município.

Recordamos neste dia a cidade que muito progrediu e caminhou, e com ela infindas personalidades se destacaram, dá-se ênfase a estas personalidades Raimundo Carneiro Corrêa, filho de Esperantinópolis, intitulado “pai da educação esperantinopense”, político, educador e escritor autodidata, a que se concebe de sua autoria os símbolos municipais – brasão, bandeira e hino. Viu nascer e Esperantinópolis crescer, dedicou-se às causas da educação, da cultura e da democracia, foi um agente protagonista de inúmeras lutas e movimentos nos quais sofreu derrotas e colheu com disposição vitórias.

Ao seu lado, também, sua esposa Graça Lima, a que juntos por mais de 40 anos trabalharam em prol do crescimento de Esperantinópolis. Graça Lima, retirante cearense, cantora, compositora, teatrólogo e folclorista, lutou pela educação e cultura do município de Esperantinópolis.

Ambos caminharam juntos, e viram e estão presenciando Esperantinópolis soerguer-se, trabalhando em prol da educação, seja da fundação de escolas, e associações – destaca-se a fundação da Associação Movimento artístico de Esperantinópolis (AMAE) que reúne dezenas de artistas e a arcádia Academia Esperantinopense de Letras. Através do casal, que pelo que quer que façam ou promovam a missão é de levar o nome da cidade a um patamar mais elevado, seja social, cultural e educacional.

À cidade de Esperantinópolis, por tão nobres filhos de sangue e adotivos migrantes, o nosso aplauso por ser grande celeiro cultural do médio Mearim!

 

João Israel da Silva Azevedo

Academia Esperantinopense de Letras

Cadeira nº 06, patrono Padre Raimundo Jorge de Melo



 

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