Lobão Filho ingressou com representação criminal contra Flávio Dino após ter sido apontado por ele como autor de vídeo em que preso acusa o comunista.
Ronaldo Rocha
Foto: Divulgação
Lobão Filho processou Flávio Dino na Justiça Eleitoral; comunista recorreu à Justiça por propaganda
A reta final da campanha política dos candidatos ao Governo do Estado Lobão Filho (PMDB), da coligação "Pra Frente, Maranhão" e Flávio Dino (PCdoB), da coligação "Todos pelo Maranhão", foi marcada por polêmicas e disputas judiciais.
Na última segunda-feira, foi publicado num perfil no YouTube um vídeo em que o preso de Justiça André Escócio de Caldas acusa em depoimento, o candidato Flávio Dino
(PCdoB) de ter participação direta com uma quadrilha especializada em roubo a banco.
Já na quinta-feira, em novo depoimento, desta vez prestado ao delegado da Seic Tiago Bardal, após pressão forte atuação nos bastidores do delegado Jefferson Portela, ligado ao PCdoB, o preso afirmou somente ter acusado Dino após ter recebido a promessa de que obteria regalias no presídio onde está custodiado e certa quantia em dinheiro, até então não revelada. Ele acusou o diretor de um dos presídios do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, Carlos Aguiar, e o diretor administrativo Elenilson Araújo, de terem oferecido as supostas vantagens.
Foi então que as coligações de Lobão Filho e de Flávio Dino ingressaram com pedidos de investigação junto à instituições de segurança pública e com representações na Justiça.
Tanto Flávio quanto Lobão Filho pediram a imediata investigação pelas polícias Civil e Federal a respeito da autoria do vídeo. Lobão Filho pediu a identificação do mentor intelectual da gravação e o motivo pelo qual o detento mudou o depoimento repentinamente, após as pressões impostas à Secretaria de Segurança Pública (SSP) pela coligação "Todos pelo Maranhão". O peemedebista quer esclarecimento, por exemplo, a respeito da suposta ligação de ambos os diretores com aliados de Flávio Dino, a exemplo do deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB), que integra a coligação oposicionista.
A Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério da Justiça apuram o caso, que ganhou repercussão nacional na penúltima semana de campanha política.
Representação - Além de pedir investigação a respeito da autoria do vídeo, Lobão Filho ingressou com uma Representação Criminal na Procuradoria Regional Eleitoral do Maranhão contra o comunista Flávio Dino, por calúnia e difamação.
Flávio havia acusado Lobão de ter sido o autor do vídeo em que André de Caldas o acusa de envolvimento com uma quadrilha.
"Não restam dúvidas de que o candidato representado aproveitou-se da divulgação do vídeo para criar um fato político que o beneficie nas urnas [...]. O representado, maneira caluniosa e extremamente grave, alcança a honra e a integridade moral do candidato Lobão Filho, buscando imputá-lo criminosa com o fito de se beneficiar eleitoralmente", destaca trecho da representação do peemedebista contra Flávio.
A representação de Lobão Filho foi protocolada na última sexta-feira na Procuradoria Regional Eleitoral do Estado, que ainda não se posicionou oficialmente.
Comunista fraudou documento
Os advogados da coligação “Pra Frente, Maranhão” entraram na Justiça Eleitoral com pedido de liminar contra a coligação de Flávio Dino, que apresentou em programa documentação forjada.
O programa de Flávio Dino afirmou textualmente que a Secretaria de Segurança Pública do Estado teria admitido que o vídeo em que um detento acusa Flávio Dino de ser membro de uma quadrilha de assalto a bancos era forjado. De posse do documento oficial da SSP, os advogados da Coligação Pra Frente Maranhão ficaram indignados.
"A delegada geral Maria Cristina Meneses não escreveu isso. Ela afirmou apenas que o vídeo não fazia parte como prova de inquérito policial", explicou o advogado Ruy Villas Boas