Município de Pedreiras conta com 61 novos casais com a união formalizada
A cidade de Pedreiras, situada a 276 km da capital São Luís, testemunhou a união de mais 61 casais que confirmaram a vontade de viverem felizes para sempre. A celebração aconteceu na último dia (10/6), no salão da Loja Maçônica do Engenho e foi presidida pela juíza Claudilene Oliveira, titular da 3ª Vara da Comarca de Pedreiras.
Esta foi a segunda edição do projeto Casamentos Comunitários no município, que, segundo Claudilene Oliveira, houve desafios para a realização da cerimônia, por conta do período de pandemia e a situação de enchente que a cidade enfrentou em período recente. Ela ressaltou a alegria pela concretização do projeto e poder contribuir para consolidação dos núcleos familiares locais e destacou a importância da iniciativa.
“Para a sociedade de Pedreiras este casamento representa uma grande realização, considerando ser este o segundo casamento comunitário realizado na cidade. Dentre os casais, muitos aguardavam a oportunidade para oficializar as uniões perante a lei, enquanto outros casais, que ainda não conviviam, tinham a vontade dar início a uma nova família a partir do ato solene e formal do casamento”, afirmou a juíza.
E no casamento comunitário do Poder Judiciário do Maranhão tudo acontece como manda o figurino, sem aquela história de quadrilha que o noivo foge antes da celebração. Tudo certo para a cerimônia, sob as bênçãos dos santos juninos, com o brilho e calor no coração, noivas e noivos confirmaram a vontade de viver uma vida a dois.
Internado e impossibilitado de comparecer à cerimônia, Edivan e Nilzete casaram no hospital
Ninguém ficou de fora e teve até casório no hospital. Edivan da Silva cumpriu todos os requisitos, entregou a documentação e só aguardava para o tão esperado dia. Uma intercorrência de saúde, no entanto, impossibilitou o mesmo de estar presente na cerimônia, uma vez que se encontrava internado no hospital da cidade. A juíza Claudilene Oliveira então determinou que os preparativos da união do senhor Edivan com a senhora Nilzete Pinheiro fosse celebrada na unidade hospitalar, algo inédito na história do projeto Casamentos Comunitários.
Foi assim com Antonio do Nascimento (61 anos) e Maria Santana (62 anos), que estavam firmes no propósito de oficializar o matrimônio. Após o “sim”, o casal com mais idade a casar nesta edição selou o momento com um beijo. Os mais jovens também marcaram presença, com destaque para Taywri Luan Mendes (22 anos) e Daniele Araujo (20 anos), que formaram o casal mais jovem a firmar o compromisso de uma vida a dois.
Sem barreiras para o amor, Antonio do Nascimento e Maria Santana confirmaram o "sim" diante da juíza
Além da juíza Claudilene Oliveira, participaram da celebração os magistrados Felipe Damous e Luís Emílio Braúna. Os trabalhos de habilitação e demais formalidades cartorárias ficaram a cargo do registrador Hermes Nunes da Silva, do Cartório do 2º Ofício.
SOBRE OS CASAMENTOS COMUNITÁRIOS
Em iniciativa pioneira, o projeto Casamentos Comunitários foi instituído pelo Poder Judiciário do Maranhão em 1998 e atualmente está regulamentado pelo Provimento nº 32/2022. A finalidade é garantir a oficialização da união de pessoas hipossuficientes de forma gratuita, sem que as custas cartorárias impactem no orçamento familiar. O custeio dos atos cartorários praticados é assegurado pelo Fundo Especial das Serventias de Registro Civil de Pessoas Naturais (FERC), mantido pelo Judiciário maranhense.
A iniciativa conta com a parceria do Tribunal de Justiça, da Corregedoria Geral da Justiça e cartórios com competência para o registro civil de pessoas naturais. Nos 27 anos de projeto, as estimativas apontam para mais de 130 mil celebrações já realizadas, com milhares de casamentos formalizados a cada ano
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