Os partidos já destinaram R$ 1,4 bilhão para candidaturas nas eleições deste ano, segundo a primeira parcial da prestação de contas, divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As candidaturas a deputado receberam a maior parcela: R$ 930 milhões do total – o equivalente a 68,7% do montante. Os números finais devem ser apresentados pelos candidatos à Justiça Eleitoral em até 30 dias após o fim das eleições.
Esta é a primeira eleição com o Fundo Eleitoral, que totaliza R$ 1,7 bilhão, destinado a financiar candidaturas após a proibição das doações de empresas, em 2015. Os diretórios também podem repassar dinheiro recebido pelo Fundo Partidário (previsto em R$ 513 milhões neste ano) e por outras fontes (doações e contribuições, por exemplo).
Apenas três partidos (MDB, PR e PP) respondem por mais de 1/3 (36,9%) desses repasses a candidatos. O MDB foi a sigla que mais destinou dinheiro a candidaturas – no total, R$ 202 milhões. PR e PP transferiram R$ 162,2 milhões e R$ 142,5 milhões, respectivamente.
O PCO foi o único partido a declarar que não repassou dinheiro a candidatos. Já os partidos PPL, PMB e Novo foram os que transferiram menos dinheiro para candidatos. O PPL, por exemplo, destinou R$ 320 mil a candidaturas, sendo que 62,4% desse valor foram destinados à campanha do presidenciável João Goulart Filho.
PMB e Novo transferiram R$ 428 mil e R$ 471 mil a candidaturas, respectivamente.
Na prestação de contas parcial, 20 partidos informam que destinaram a maior parte do montante para nomes que concorrem a deputado federal. Já partidos menores, como DC, PPL, PSTU, Rede e Novo, registraram mais gastos com as candidaturas ao Poder Executivo.
Percentualmente, o PSTU foi o partido que mais destinou dinheiro para a disputa a presidente. Em números absolutos, porém, o PSDB é a sigla que mais transferiu recursos à candidatura presidencial (R$ 45,9 milhões), seguida pelo PT (R$ 20 milhões).
Maranhão
No Maranhão, dos seis candidatos ao governo do Maranhão, somente Odívio Neto do PSOL declarou não ter recebido verba e nem ter tido gastos eleitorais até o momento.
Ramon Zapata do PSTU recebeu R$ 4,5 mil em doações de pessoas físicas. As doações foram feitas pelo próprio candidato, por Saulo Arcangeli, que disputa o Senado pelo PSTU e mais outros dois militantes da legenda.
Roseana Sarney recebeu desde o início da campanha R$ 8 milhões da direção nacional do MDB e depois R$ 95 mil em doação de pessoa física. Sobre gastos, a emedebista declarou já ter gasto mais de R$ 5,26 milhões.
Flávio Dino (PCdoB) recebeu R$ 5,5 milhões da direção nacional do PCdoB e mais R$ 116,8 mil em doações de pessoa física. O comunista já contratou mais de R$ 3,6 milhões em despesas nesta campanha.
Roberto Rocha (PSDB) recebeu pouco mais de R$ 2, 2 milhões sendo R$ 1 milhão da direção nacional tucano e outros R$ 1,2 milhão do comitê de campanha de Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República.
Rocha já contratou despesas que somam mais que o que já foi arrecadado para sua campanha. O candidato declarou como despesas contratadas mais de R$ 2,8 milhões.
Maura Jorge (PSL) já arrecadou R$ 116,5 mil sendo que o seu partido repassou cerca de R$ 100 mil do fundo eleitoral e R$ 46,5 mil de doações de seus familiares. A candidata doou para sua própria campanha R$ 20 mil.
Os gastos já contratados somam R$ 27 mil.