Roseana completará nos próximos dias equipe que vai até o fim do mandato
Senador João Alberto assumirá a pasta de projetos estratégicos e coordenará as ações do governo.
Gilberto Léda
Da editoria de Política
Da editoria de Política
Foto: Biaman Prado
A governadora Roseana Sarney (PMDB) deve começar, ainda nesta semana, a
efetivar as mudanças em sua equipe que concluirão a minirreforma
administrativa forçada pela saída de secretários que precisaram se
desincompatibilizar no início do mês de abril para disputar as eleições
de outubro deste ano.
O senador João Alberto (PMDB)
confirmou ontem que pedirá licença do mandato no Congresso para assumir
o cargo de secretário-chefe da Assessoria de Programas Especiais da
Casa Civil. O posto é atualmente ocupado pelo ex-deputado Clodomir Paz,
que ainda não foi informado sobre o seu destino. "Eu sou governo,
independentemente de cargo. Tenho dito que sou um soldado e estou pronto
para cumprir a missão que a governadora me determinar", declarou Paz,
em entrevista a O Estado.
Assim que for confirmado
no cargo, João Alberto reassume a pasta que já comandou até novembro de
2011. "Está tudo apalavrado com a governadora e com o Clodomir Paz",
disse.
Durante reunião com deputados da base aliada
no Palácio dos Leões, na tarde de ontem, o senador Edison Lobão Filho,
pré-candidato do PMDB ao governo, informou também que indicou e a
governadora aceitou nomear o advogado Márcio Coutinho para a secretaria
de Estado de Articulação Política. A pasta estava acéfala desde a saída
de Ricardo Archer Júnior (PMDB) que deve sdisputar vaga na Câmara.
Com
o movimento a governadora ajudou o pré-candidato a resolver um impasse
que ameaçava se formar na base: a rejeição ao apoio que Lobão Filho
daria a Márcio Coutinho como candidato a deputado federal.
Outra
mudança deve ocorrer na Secretaria de Educação (Seduc). A pasta vem
sendo conduzida desde a saída do deputado federal Pedro Fernandes (PTB),
pelo titular da Seplan, João Bernardo Bringel, que acumula os dois
cargos. Para o posto, Roseana deve nomear Danilo Furtado.
Ainda
de acordo com o senador João Alberto, o ex-secretário de Governo e de
Juventude da Prefeitura de São José de Ribamar, advogado Fredson Froz
(PRB), também desistiu da pré-candidatura a deputado federal para
assumir a Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano
(Secid). Para a Secretaria de Juventude, o indicado do PMDB é o
militante Assis Filho, líder do movimento JPMDB. "Também nesses dois
casos já está tudo apalavrado", afirmou o senador.
Movimentação política deu o tom das mudanças
A
minirreforma que a governadora Roseana Sarney (PMDB) levará a cabo
neste mês para completar a equipe que lhe acompanhará até o fim do
mandato terá o tom mais político do que técnico.
A
confirmação da indicação do senador João Alberto (PMDB) como
secretário-chefe da Assessoria de Programas Especiais da Casa Civil, por
exemplo, abre espaço no senador para o aliado Clóvis Fcury, primeiro
suplente do DEM, partido que compõe a coligação que apoiará o candidato
Lobão Filho.
Em outra frente, as indicações dos
advogados Márcio Coutinho e Fredson Froz, respectivamente para as
secretarias de Articulação Política e de Cidades e Desenvolvimento
Urbano, tendem a arrefecer os ânimos dos deputados estaduais e federais
da base aliada - e fortalecer a base de apoio do próprio Lobão Filho.
Os
parlamentares temiam que com candidatos tão próximos ao pré-candidato a
governador Edison Lobão Filho (PMDB), houvesse privilégios, em
detrimento do apoio aos aliados. A saída deles do jogo sucessório acabou
aumentando a aproximação da classe política, que tem sido considerado
pelo próprio senador como seu principal trunfo na disputa.
A
questão envolvendo candidatos proporcionais com fortes ligações com o
candidato majoritário marcou, por exemplo, as eleições de 2006.
Naquela
época, os candidatos a senador Epitácio Cafeteira (PTB) e João castelo
(PSDB) tinham as filhas Janaina Cafeteira (PTB) e Gardênia Castelo
(PSDB), respectivamente, como candidatas a deputada estadual. Alertado
pelo grupo, Cafeteira orientou a filha a deixar a disputa, em nome da
unidade, sobretudo da base na Assembleia Legislativa.
Castelo,
no entanto, decidiu manter-se na disputa sem abrir mão da eleição da
filha. Resultado: perdeu a eleição para o Senado e também não conseguiu
eleger Gardênia, que só chegou efetivamente à Assembleia quatro anos
depois.
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