Cada vez mais isolado, Sarney peregrina em busca de apoio eleitoral
Sérgio Santos | MZ
Sarney tem tentado colocar a sua candidatura no pacote eleitoral
nacional que está sendo costurado entre o PT e o PMDB. O senador
maranhense defende, ardorosamente, na articulação entre as duas legendas
que, para o PMDB acompanhar a reeleição da presidenta Dilma, os
petistas precisam apoiar as candidaturas pemedebistas na maioria dos
estados nortistas.
Na realidade, essa política de alianças já está em curso nos estados
do Amazonas, do Pará, de Rondônia, Roraima e, até mesmo, do Maranhão,
onde o vice-governador, Washington Oliveira (PT-MA), foi transformado em
conselheiro do Tribunal de Contas do Estado numa estratégia política
que visava dar segurança à candidatura de Roseana ao Senado, e que deu
errado por culpa do próprio PMDB. Fora do pacote só estariam os estados
do Acre e Amapá.
O PT tem resistido a pressão do senador.
Para o PT nacional, manter alianças com os governadores socialistas
Camilo Capiberibe, do Amapá, e Renato Casagrande, do Espírito Santo, é
importante para uma eventual disputa de 2º turno. Eles poderiam
facilitar a aproximação e o diálogo com o PSB. Além disso, as lideranças
petistas avaliam que o desgaste político do senador, tanto no Maranhão
como no Amapá, indicam uma possível derrota eleitoral do ex-presidente
da República. Por hora, o PT segue com candidatura própria para o Senado
no Amapá.
Perguntado pelo MZ sobre a
possibilidade do PT nacional impor a candidatura do senador Sarney ao PT
local, o governador Camilo Capiberibe (PSB-AP) disse que não acredita
que isso possa acontecer, até porque
ele
acha que a candidatura petista ao senado tem crescido e se consolidado,
mas, caso a hipótese se confirmar, ele adiantou que vai apoiar outra
candidatura que possa fazer frente à de Sarney. "O senador [Sarney] em
nenhum cenário irá disputara essa eleição como candidato único. Isso ele
pode ter certeza".
Camilo não disse, mas entre as candidaturas possíveis de serem
apoiadas por ele estariam a do Psol, do DEM ou outra que tivesse escopo
para enfrentar e derrotar Sarney virando a página da história do Amapá,
tal como já estão fazendo os seus conterrâneos maranhenses.
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