Com a marca atingida no Brasil, de 500 mil mortes por covid-19, entre as unidades da Federação, o Maranhão é a que, até o momento, registra a menor taxa de mortes por milhão de habitantes. O Estado tem hoje taxa de 1.209 mortes por milhão, enquanto a média nacional é de 2.347.
Embora apresente números melhores que o de outros Estados brasileiros, a taxa do Maranhão não é exatamente baixa. Se fosse um país, o Estado estaria em 36º no ranking mundial de mortes proporcionais. O Brasil ocupa a 8ª posição nesse quesito.
O secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, diz que a taxa inferior à de outras UFs é resultado de um conjunto de ações adotado pelo governo maranhense. Entre as medidas destacadas por ele estão ações para descentralizar e ampliar o sistema de saúde.
“Desde 2015 o governo do Maranhão tem descentralizado a rede hospitalar e ampliado o serviço de média e alta complexidade, com leitos de UTI. Então, quando a pandemia alcançou o Brasil, já tínhamos 10 hospitais novos e outras obras em execução”, disse.
O governo do Maranhão diz que inaugurou pelo menos 500 leitos hospitalares em 2020. Alguns foram desativados e depois reativados com a chegada da 2ª onda, em março de 2021. O último dado divulgado pela Secretaria de Saúde, na quarta-feira, 16, mostra que o Estado se aproxima de 1.000 leitos exclusivos para tratamento da covid-19. Desde o início da pandemia, a rede estadual de saúde contabiliza mais de 30 inaugurações ou ampliações de unidades de saúde.
Diferentemente de outros Estados, o Maranhão optou por não focar no modelo de hospitais de campanha. A estratégia adotada pela gestão do governador, Flávio Dino, foi criar uma rede integrada de saúde e entregar hospitais administrados pelo Estado. Os municípios de Imperatriz, Balsas, Pinheiro, Santa Luzia do Paruá, Caxias, e Lago da Pedra, por exemplo, receberam novas estruturas hospitalares.
Outro motivo citado para explicar a taxa de mortes inferior à média nacional é o fato de, no Maranhão, a maioria das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) serem administradas pelo Estado, e não pelos municípios.