G1-MA
A mãe Maria das Dores está vivendo, pela segunda vez, o drama de lutar pela vida da filha Isadora Alves, que foi diagnosticada ainda no ventre com cardiopatia congênita (hipoplasia do coração esquerdo), em São Luís.
Em setembro de 2020, após uma série de cobranças e uma decisão da Justiça, Maria conseguiu a primeira cirurgia de emergência para a filha. No entanto, a menina precisa de outras duas cirurgias e, mais uma vez, ela relata a dificuldade de conseguir que o Governo do Maranhão tome uma atitude.
"Essa cardiopatia precisa de três cirurgias. Sendo a primeira logo quando o bebê nasce, a segunda feita com seis meses, que é para ela fazer agora. Estamos no prazo máximo. Ela está com nove meses. E ainda tem a terceira, que ela vai fazer com três anos", diz a mãe.
Maria das dores e a filha, Isadora Alves, quando ela ainda tinha 1 mês de vida — Foto: Arquivo pessoal
No dia 10 de maio de 2021, o Juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude, José Américo Abreu Costa, concedeu uma liminar que obriga o governo Flávio Dino a arcar com os custos da cirurgia no Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto, em São Paulo, além de garantir a transferência via UTI Aérea. Entretanto, a decisão, de caráter urgente, ainda não foi cumprida.
"Eu dei entrada para ela fazer [a cirurgia] com seis meses e há 15 dias não tive resposta nenhuma. Fui para Justiça e consegui a liminar. Eu posso esperar a vida toda, mas ela não. Ela tem a mais grave das cardiopatias", conta Maria.
Trecho da decisão que obriga o governo do Maranhão a garantir a cirurgia de Isadora em outro estado — Foto: Reprodução
O G1 entrou em contato com o governo do Maranhão pedindo explicações sobre não atender às necessidades da menina Isadora e ainda descumprir uma decisão Judicial, mas ainda não houve retorno.
Isadora Alves, quando tinha 1 mês de vida e aguardava a primeira cirurgia por conta da cardiopatia congênita — Foto: Maria das Dores