O Delegado Geral da Polícia Civil confirmou a prisão temporária além do ex-prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa (PRTB) de mais quatro pessoas, e uma condução coercitiva. Todas estão envolvidos em casos de agiotagem e fazem parte da operação El Berite, deflagrada na manhã desta terça-feira (19).

Além de Raimundo Lisboa foram presos Manoel Moura Macedo, Francisco de Jesus Silva Soares, Ezequiel Farias e Aldo Aaraújo de Brito. Já a condução coercitiva foi para Maria do Carmo Xavier.

A operação ainda está em andamento em Bacabal e São Luís. Logo mais a Secretaria de Segurança Pública fará uma coletiva para divulgar mais informações.

Prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves, pode ser preso a qualquer momento

O delegado geral da Polícia Civil do Maranhão, Augusto Barros, revelou que mais prefeitos, ex-prefeitos, empresários e envolvidos com desvios de recursos públicos devem ser presos nos próximos dias. No entanto, o membro da Secretaria Estadual de Segurança Pública não revela nomes, para que não sejam comprometidas as investigações. Porém fontes garantem que um dos próximos alvos das operações é o prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves (PSB).

De acordo com o que foi apurado mais de 20 cheques da prefeitura de Santa Inês foram encontrados com o empresário Josival Cavalcanti, o Pacovan. Os cheques teriam sido usados, durante a pré-campanha e campanha eleitoral de 2014.

Operações contra agiotagem

No último dia 4 de maio, as Operações “Maharaja” e “Morta-Viva” resultaram na prisão dos prefeitos de Bacuri, Richard Nixon dos Santos; de Marajá do Sena, Edvan Costa; o ex-prefeito de Zé Doca, Raimundo Nonato Sampaio, o Natim; e o ex-prefeito de Marajá do Sena, Perachi Farias; o contador da prefeitura de Marajá do Sena, José Epitácio Muniz, o Cafeteira e Josival Cavalcanti, o Pacovan, apontado nas investigações como agiota, também foi preso e teve cerca de R$ 7 milhões apreendidos.

As investigações sobre Josival Cavalcanti apontam que ele utilizava empresas em nomes de terceiros para se favorecer com negócios em diversas atividades nas prefeituras, como fornecimento de merenda escolar, de medicamentos e material escolar e também em obras. Nas buscas no escritório de Pacovan, na Ceasa, foram apreendidos cartões e declarações de imposto de renda das pessoas utilizadas para abertura de empresas. Um detalhe é que o endereço dessas pessoas informado à Receita Federal é o mesmo de Josival Cavalcanti.

O depoimento do contador José Epitácio Muniz reforça a atuação do esquema criminoso por meio de “empresas laranjas” em contratos com as prefeituras. Muniz confessou ter criado pelo menos quatro empresas para o esquema. Dependendo da área de atuação, existiam “pastas” prontas para serem utilizadas nos negócios, como merenda escolar na Educação, medicamentos na Saúde e Obras.

Com informações do Blog Diego Emir

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