Candidato comunista não consegue definir projeto presidencial e confunde eleitor.
Marco Aurélio D’Eça
Foto: Divulgação
Após quatro anos como auxiliar da presidente Dilma Rousseff (PT), o candidato comunista ao Governo do Estado Flávio Dino dá sinais de completa falta de rumo político em relação à eleição presidencial. E se aproxima cada vez mais dos adversários da própria Dilma, que mantém programas importantes para o Maranhão, como Bolsa-Família e Minha Casa, Minha Vida.
Duas semanas depois de fechar apoio ao candidato presidencial do PSDB, senador Aécio Neves (MG) - em troca de minutos de televisão para sua coligação eleitoral - Dino esteve, sábado, em Timon, para receber outro adversário de Dilma, o candidato do PSB, Eduardo Campos (PSB), que foi à cidade a convite do prefeito Luciano Leitoa (PSB).
Durante o evento - marcado pela ausência dos membros do PSDB e do PDT - Flávio Dino chegou a declarar que Campos terá expressiva votação no Maranhão.
O PSB e o PSDB brigam pela hegemonia no palanque de Flávio Dino. Tanto Aécio Neves quanto Eduardo Campos pretendem ter palanque único no Maranhão, um problema a mais para o comunista, que já vive às voltas com o dilema de ter que escolher entre o PDT e o PSDB para compor sua vice.
A falta de definição eleitoral em relação à campanha presidencial já trouxe pelo menos um resultado negativo para Flávio Dino. Os petistas que defendiam a aliança com o PCdoB no Maranhão nem compareceram ao encontro do PT, sábado. Perderam o argumento após a aproximação do comunista com Aécio Neves e a sua relação esquisita com Eduardo Campos, que deixa claro estar contra toda a política da presidente Dilma.
Enquanto Flávio Dino não se define em relação a que projeto vai defender nas eleições presidenciais - o que é fundamental para a identidade de um candidato a governador - o senador Lobão Filho fechou questão, ainda na sexta-feira, em torno da presidente Dilma Rousseff (PT).
"Meu palanque no Maranhão será exclusivo para a presidente Dilma. Somente para ela", afirmou Lobão Filho, em encontro com petistas, sexta-feira. A postura do peemedebista reforçou a tese de aliança com o PMDB, já defendida pelo ex-presidente Lula.