Manoel Ribeiro defende que candidato a senador governista seja indicado pelo PTB
Em discurso na Assembleia Legislativa, o deputado Hélio Soares, do PMDB, também lançou seu nome.
Gilberto Léda
Da editoria de Política
Da editoria de Política
O deputado estadual Manoel Ribeiro (PTB) propôs ontem que, caso a governadora Roseana Sarney (PMDB) decida mesmo permanecer no cargo até o fim do mandato, a indicação do candidato a senador da base governista fique a cargo do Partido Trabalhista Brasileiro.
Segundo Ribeiro, por ser o
atual detentor da vaga, com o senador Epitácio Cafeteira, eleito em 2006, o PTB deve ter a primazia da escolha de um sucessor. “A vaga é do PTB”, declarou, em conversa com jornalistas na Assembleia Legislativa.
O parlamentar acrescentou que, embora o PMDB já tenha dois pré-candidatos em franca articulação pela vaga – o deputado federal Gastão Vieira e o suplente de senador Edison Lobão Filho -, os petebistas irão “brigar” pelo direito de indicar o sucessor de Cafeteira. “Vamos brigar por essa vaga, sim. Por que não?”, adiantou.
O posicionamento público do deputado Manoel Ribeiro, no entanto, destoa das declarações oficiais de outra liderança petebista, o secretário de Estado da Educação, deputado federal licenciado Pedro Fernandes
Em entrevista concedida a O Estado há duas semanas, ele disse que o PTB havia decidido, em recente reunião de líderes, que só discutirá efetivamente o processo sucessório a partir de abril. Ele acrescentou ainda que o fato de estar ocupando cargo no Executivo “engessava” seu poder de articulação político-eleitoral.
“Como eu estou no cargo de secretário, não me parece correto estar envolvido, agora, nestas questões eleitorais. Falta menos de um mês para a desincompatibilização e, atendendo ao que foi acordado em reunião com as lideranças do partido, só a partir de abril discutiremos candidaturas”, declarou ele, que já sugeriu, mas apenas em conversas informais, que a sigla deveria ter o direito de indicar o candidato a senador do grupo governista.
Mais um – Durante a sessão plenária de ontem na Assembleia Legislativa, o deputado Hélio Soares (PMDB) apresentou-se como mais um postulante à indicação da base governista para a disputa pela vaga de senador.
Para ele, os deputados precisam se unir para garantir uma indicação da Casa. “Esta Casa, que é o local das discussões políticas, tem de se movimentar para que essa vaga saia daqui de um deputado estadual. Por que não? O que nos falta para representar o Maranhão no Senado Federal? Nós não podemos ficar à margem das discussões da sucessão governamental, da composição das chapas para deputados estadual e federal e para senador”, afirmou.
Soares disse entender que os deputados devem “puxar para seus ombros” a representatividade da Casa e entrar de vez no debate sobre a sucessão ao Senado.
“Eu quero que seja a intenção desta Casa colocar em discussão para avaliar o que representaria a Assembleia compondo o Senado Federal. Eu faço um apelo, para que façam uma reflexão e puxe para seus ombros a representatividade política desta Casa que não pode ficar às margens das discussões. Tem que participar, tem de opinar, tem de ajudar a decidir os nossos próprios destinos”, completou.
Cafeteira quer indicado da AL
O deputado estadual Rogério Cafeteira (PSC), sobrinho do senador Epitácio Cafeteira (PTB), cuja vaga será disputada na eleição de outubro deste ano, também já defendeu a tese de que o candidato a senador apoiado pelo Palácio dos Leões seja indicado entre os deputados da base.
Segundo ele, essa seria uma forma de a própria governadora Roseana Sarney (PMDB) retribuir aos aliados o gesto feito por eles quando da eleição do então vice-governador, Washington Oliveira, conselheiro do Tribuna de Contas do Estado (TCE) do Maranhão. Mesmo sendo membro do Executivo, Oliveira foi indicado do Legislativo, numa vaga que poderia ser ocupada por um parlamentar.
“Ela [Roseana Sarney] nos deve isso. O que fizemos ali [na eleição de Washington Oliveira] foi atender a um pedido dela. A vaga era nossa e cedemos ao Washington Oliveira”, completou o parlamentar, que, apesar do posicionamento, diz acreditar, também, que o grupo lançará apenas um candidato a senador, seja quem for ele.
“Não vai ser eleição indireta na Assembleia, nem escolha de senador, nem de vice-governador, nada vai rachar nosso grupo. Nós vamos escolher, teremos a sabedoria de escolher, traçar o melhor caminho e vamos todos juntos, mais uma vez, para a eleição, para ganhar novamente”, pontuou, em recente evento com a participação do deputado federal Gastão Vieira.
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