Um amigo contou-me uma história real que me fez refleti: “no povoado em que mora, as pessoas geralmente utilizavam o rio Mearim para se locomoverem, e em uma dessas incursões, a canoa submergiu, matando maioria dos passageiros, inclusive um idoso que tinha ido à cidade sacar sua aposentadoria. Esse senhor foi encontrado com uma das mãos fechadas com o dinheiro sacado, e o que se supõe é que ele, mesmo sabendo nadar, perecera porque não quis abrir as mãos com receio de perder o dinheiro. Uma história triste e trágica que nos faz refletir até que ponto podemos sacrificar nossas vidas por conta dos bens materiais ou o do desejo desenfreado de possuir.
Outro exemplo de como nossos interesses econômicos podem comprometer o que há de mais precioso é esse também: Nos anos 1970, nos Estados Unidos, a Ford lançou um carro no mercado com conhecido problema mecânico que colocaria a vida dos motoristas e passageiros em risco. O tanque de combustível, localizado na traseira do veículo, tinha grande chance de explodir em caso de colisão. Para entregar o “Ford Pinto” em condições melhores de segurança seria preciso aumentar os custos de produção do veículo, que até então tinha o preço como vantagem competitiva.
Diante deste quadro, a Ford fez o seguinte questionamento: “devemos gastar para corrigir o defeito do carro ou pagaremos em indenização as mortes e lesões causadas por este?”. Essa questão foi resolvida após um estudo analisando vantagens e desvantagens em arrumar o automóvel antes de lançá-lo ao mercado e decidiram que o custo estimado em indenizações seria inferior ao de conserto do defeito do carro. A montadora estava preocupada com os lucros e não com as vidas humanas. Por isso a Bíblia diz que o dinheiro é raiz de todos os males. Quando se coloca o poder e materialismo acima das vidas das pessoas até a guerra é justificável.
Quantas vezes nós também não entendemos o valor de nossas vidas e que estamos aqui de passagem. Se assimilássemos de verdade isso, nunca deveríamos optar por um trabalho que não nos desse prazer; jamais trabalharíamos até adoecer; nunca negligenciaríamos nosso bem maior, A Família, para ganhar dinheiro; jamais perderíamos tempo; nunca deixaríamos para amanhã o que precisamos fazer hoje. Somos valiosos demasiadamente, porém efêmeros nesse mundo.
Para concluir, citarei uma estrofe de uma das poesias que está na obra: PENSAMENTOS EM POESIA: “Quem pode adquirir a força, a coragem para laborar/Quem conseguiria só um punhadinho de amor e carinho negociar?/ A fé pode ser do tamanho de um grão de mostarda/E uma grande montanha pode transportar/ mas nenhum valor pode a ela se comparar”
Josenilde Brasil
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